Por Ana Luisa Simon
Você acha que unhas feitas podem ser um sinal de bons cuidados pessoais? Que mulher não gosta de ter as unhas bem-feitas, e pintadas, de preferência? Hoje em dia, muitos homens inclusive, aderiram a este a este ritual periódico – afinal, as unhas crescem, o esmalte descasca e a manutenção é constante.
Quando estamos falando de pessoas, funcionários e colaboradores que trabalham na área de alimentos, as unhas bem-feitas passam a ser um alerta e quando falamos de esmalte então, muitas vezes passa a ser um grande problema no dia a dia.
As legislações de Boas Práticas do país deixam bem claro que as unhas devem “estar curtas, limpas e sem esmalte ou base” para todos os manipuladores de alimentos: cozinheiros, ajudantes de cozinha, estagiários, aprendizes, funcionários do bar e também da limpeza. E ainda, dependendo das atividades que exercem no estabelecimento, garçons e ‘rodadores’ podem seguir essa regra também.
Mas o porquê da proibição?
As unhas são locais de acúmulo de microrganismos e resíduos; e se as unhas estão pintadas, dependendo da cor, não é possível verificar essas sujeiras. Além disso, lascas de unha e de esmalte representam um perigo físico e químico para os alimentos!
É prejudicial para a saúde?
Se realmente fosse perigoso, o uso de esmaltes não estaria tão disseminado. Alguns médicos e esteticistas alegam que o que desidrata mais não é nem pintar, é remover o esmalte com acetona. A principal causa das unhas quebradiças é o ressecamento, pois o produto impede a unha de respirar e problemas mais graves podem aparecer à longo prazo.
O que muitos colaboradores de cozinhas não se dão conta é que, além do risco do esmalte em si, os produtos de limpeza usados nas cozinhas podem reagir quimicamente com o esmalte, prejudicando ainda mais a saúde dos dedos e dessa pessoa.
Produtos com alto teor detergente e substâncias cáusticas – que estão na maioria das cozinhas profissionais – agridem a pele e as unhas (como exemplos temos alvejantes, detergentes, desinfetantes, desentupidores de canos e de vasos sanitários, limpadores de forno).
Alergias aos produtos de limpeza industriais (e até mais simples, desses que usamos em casa) são comuns, e se existe essa tendência, a reação de produto com esmalte (seja ao corante, conservante ou aos componentes) podem agravar o quadro.
Para conciliar a vaidade com a saúde, sugerimos que as unhas estejam sempre bem-feitas (curtas, limpas e a cutícula sim, pode estar cortada também), mas que deixem a pintura com esmalte para os dias de folga.
Dessa forma, todos – mesmo – saem beneficiados.