Por Luciana Rimoli

Sabemos que as Boas Práticas de Fabricação são essenciais aos serviços de alimentação para garantir que o alimento seja seguro para quem o consome, entretanto, será possível manter todas as normas também no Delivery? Garantimos que sim, mas é uma tarefa que precisa ser percebida e colocada em prática na rotina daqueles que enxergam o serviço de entrega como uma fonte de receita ou o ponto forte do seu estabelecimento.

            O Delivery, antes visto apenas como uma tendência, passou a ser uma necessidade, provando que a produção e o mercado de alimentos vão se modificando ao longo do tempo e de acordo com as necessidades atuais. Com o início da pandemia, o mercado teve um grande salto, e o Brasil foi destaque no segmento na América Latina em 2020, responsável por quase metade do mercado, chegando a 48,77%. Entretanto, quando se trata de serviço de entrega, alguns consumidores ainda se preocupam com algumas questões, entre elas: como a comida é preparada, como a comida é embalada e como a comida é transportada e entregue.  

            Os estabelecimentos que comercializam alimentos, precisam garantir que a refeição que sai para entrega, chegue nas mãos do seu cliente com a mesma qualidade e segurança do que aquela servida no local de produção. Além disso, as empresas também devem passar essa segurança ao consumidor, garantindo o diferencial e um novo pedido. Portanto, é essencial estruturar tudo antes da implantação e divulgação. Trazemos aqui os principais cuidados que devemos ter ao incluir esse tipo de serviço:

– Alimento na temperatura correta: não importa se o alimento é quente, frio ou congelado, este deve chegar na sua temperatura de origem. Separar alimentos quentes e frios em embalagens distintas; manter o alimento aquecido ou refrigerado antes de sair para a entrega; garantir o envio em caixas transportadoras que mantém a temperatura do alimento.  

– Embalagens seguras: garantir o uso de embalagens adequadas, íntegras e limpas; usar lacres de segurança invioláveis para fechamento das embalagens; excluir o uso de grampeadores para fechamento das embalagens, evitando um perigo físico; assegurar que a embalagem foi fechada corretamente; optar por embalagens de qualidade e que mantenham a segurança do alimento, não abrindo ou derramando o conteúdo.

– Transporte seguro: assegurar que o alimento está firme no transporte de motos ou bicicletas.

– Organização: checar o número de pedidos e preparar conforme demanda; incluir guardanapos, sachês e talheres, quando necessário.

– Higiene: checar as condições de limpeza das caixas transportadoras; manter embalagens e outros itens de forma organizada e protegida dentro do estabelecimento; garantir a assepsia de mãos dos colaboradores que preparam alimentos, assim como daqueles que os entregam.

            Seguindo todas essas dicas e garantindo que o local de produção assume e coloca em prática todas as normas sanitárias, o alimento vai chegar com qualidade e segurança à casa do consumidor.