Por Luciana Rimoli

Por definição, embalagem é todo recipiente que exerça funções de proteção do alimento in natura, da matéria-prima alimentar ou do produto alimentício, temporária ou permanentemente, no decorrer de suas fases, desde sua elaboração até o armazenamento. Estas surgiram há milhares de anos com a necessidade de transportar o alimento de um lugar a outro, mantendo-o protegido. Atualmente existem diversos tipos de embalagens, que visam proteger contra perdas ou contaminação, facilitar e assegurar o transporte, facilitar a distribuição do alimento, identificar fabricante e padrão de qualidade e também atrair a atenção e instruir o consumidor.

A decisão para determinar qual o melhor tipo de embalagem requer a análise das características do alimento que será embalado, adequações do uso, custo, forma que será transportada, qual será o processo de conservação e quais são as tendências nos dias de hoje.

            Existem alguns requisitos básicos para uma embalagem, como:

– Não ser tóxica

– Ser compatível com o alimento,

– Dar proteção sanitária,

– Proteger contra a passagem de umidade, ar e luz,

– Ter resistência ao impacto,

– Facilidade de abertura,

– Transparência quando necessário,

– Não causar alterações sensoriais no produto e

– Ter um custo compatível com a produção.

Mas será que todo e qualquer tipo de material pode embalar um alimento?

Elas podem ser feitas de diversos materiais, como metal, vidro, papel e plástico e podem ser rígidas, flexíveis, ecológicas, ativas e também inteligentes, entretanto, é necessário entender qual será a classificação dessa embalagem, e se terá contato direto com o alimento.

Para investigar e ter certeza sobre o tipo de material a ser usado, é importante pesquisar as legislações vigentes sobre o tema, e a RDC 91 de 11 de maio de 2001 pode ajudar, pois aborda os critérios e classificações de embalagens e migração de seus componentes para os alimentos. Além disso, cada material tem sua legislação específica, que também deve ser pesquisada para verificar a composição e possível migração de componentes, garantindo a segurança do alimento e que o uso de determinado material para embalagem é permitido por lei.

            Hoje em dia, com a ampliação da tecnologia e novas necessidades dos consumidores surgiram outros tipos de embalagens, que visam melhorar a experiência do consumidor, ser sustentável e também provocar alguma interação. As embalagens ativas – como são chamadas, referem-se a uma série de tecnologias que permitem uma interação entre o alimento e a embalagem, que tem por finalidade assegurar a qualidade e a segurança durante a vida de prateleira do alimento, como embalagens antimicrobianas e atmosfera modificada.

Já as embalagens inteligentes monitoram as condições do alimento e fornecem informações sobre o produto ou sobre as condições de estocagem que afetam a qualidade, vida útil ou segurança do alimento, como a presença de um QR code, que permite o acesso às informações adicionais ou aos serviços referentes aos produtos, permitindo redirecionamento para conteúdo do website do produto ou empresa.

E para finalizar, as embalagens ecológicas ou sustentáveis são aquelas feitas a partir de matérias-primas que podem ser recicladas, reutilizadas ou reaproveitadas, que como objetivo diminuir a quantidade de lixo gerado. Entre elas podemos citar as embalagens biodegradáveis.

            E você, já tinha pensado sobre a amplitude das embalagens de alimentos?   

Obs.: Aqui falamos sobre os materiais usados para embalagens, e não sobre os rótulos!

Não se esqueça que para comercializar um produto existem outras portarias e legislações descrevendo sobre as informações obrigatórias que os rótulos devem ter.