Por Ana Luisa Simon
Em 1º de janeiro de 2021, entrou em vigor uma lei que proibia os estabelecimentos comerciais da cidade de São Paulo de fornecer aos clientes “copos, pratos, talheres, agitadores para bebidas e varas para balões de plásticos descartáveis”, fosse no delivery, fosse na hora do consumo in loco. Os utensílios deveriam ser substituídos por similares de material biodegradável, compostável e/ou reutilizável a fim de permitir a reciclagem.
Essa lei se aplica à hotéis, bares, restaurantes, padarias, espaços para festas infantis, clubes noturnos, salões de dança, entre outros, situados na cidade de São Paulo, além de eventos culturais e esportivos realizados na capital paulista.
Pouco mais de um ano depois, muitos estabelecimentos se adequaram, porém, outros tantos ainda não – já que a fiscalização em cima dessa questão não está tão rigorosa. Além disso os materiais substitutos são mais caros e nem todos podem pagar.
Semelhante a isso, e já há mais tempo – e em outras tantas cidades do país, os canudos plásticos já haviam sido banidos. Foi polêmico na época, mas quase não se vê canudos plásticos em estabelecimentos comerciais.
Esse tipo de material ainda é comercializado, em casas de festas e mercados, porém, apenas para uso e consumo particular – ele não foi banido totalmente do mercado, mas seu consumo pelos estabelecimentos citados acima deve ser reduzido ou eliminado.
A lei visa a redução da produção de lixo e promover educação ambiental, difundindo o conhecimento sobre o problema que os resíduos trazem ao planeta. É fundamental que todos nós contribuamos para melhorar a qualidade do planeta onde vivemos.
Diferentemente da lei dos canudos, essa de descartáveis teve pouca repercussão no mercado e veio poucas semanas antes do início da pandemia, que gerou um movimento quase contrário: houve um aumento exponencial do delivery e de materiais individualizados em todos os estabelecimentos públicos, gerando um grande volume de resíduos, principalmente de materiais plásticos.
Qual o seu papel nisso tudo?
É importante analisarmos a situação como um todo e aqui, não vou levantar os números: por conta da pandemia, a produção ou comercialização de materiais de plásticos não necessariamente reduziu. Porém, ainda seguimos com uma taxa baixíssima de reciclagem do mesmo material (e de tantos outros).
Um dos objetivos do Desenvolvimento Sustentável, publicado pelo Pacto Global da ONU fala justamente sobre o Consumo e produção responsáveis, para garantirmos padrões de consumo e de produção sustentáveis: “até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso”.
Você reduziu o consumo de plástico (seja na alimentação ou no resto do seu dia a dia)? Iniciou, aumentou ou incentivou a reciclagem?
O consumo pode ter diminuído, mas você viu um aumento de lixeiras recicláveis, na mesma proporção? Se sim, elas estão sendo usadas de forma correta?
Eliminar o uso do plástico na nossa rotina pode parecer impossível, mas com ações simples, de dentro para fora, do individuo para o coletivo, é possível favorecer o meio ambiente.